O Atol Johnston (descoberto pelo britânico Charles J. Johnston em 1807), localizado em posição estratégica no Oceano Pacífico, próximo do Havaí, é um território externo dos Estados Unidos, administrado conjuntamente pelo Departamento de Defesa norte-americano e pelo Departamento do Interior, Pesca e Vida Selvagem do país. Já foi usado como local para testes de armas nucleares, razão pela qual é fechado à visitação pública. E também abrigou depósitos de armas químicas.
Originalmente uma ilha natural em cima de um recife de corais a cerca de 750 milhas náuticas a oeste do Havaí, o Atol Johnston foi ampliado consideravelmente ao longo dos anos o que resultou em uma semi-ilha feita pelo homem com alojamento para mais de 1.000 pessoas no seu apogeu.
O pequeno Atol perdido no meio do Oceano Pacífico ganhou uma importância estratégica com o advento da aviação. Como aconteceu durante a década de 1930 com outras pequenas referências geográficas como os atóis de Wake ou Midway, os norte-americanos ali construíram uma base aérea que ganhou importância crucial durante as fases iniciais da Guerra do Pacífico (1941-1945) que os opôs aos japoneses.
Durante a II Guerra Mundial, o atol serve de base aérea e, em 1958, passa a ser usado para testes nucleares. Mais tarde, os norte-americanos constroem um depósito de armas químicas, para onde levam, em 1989, bombas contendo 400 toneladas de gás asfixiante. Pressão de nações da Oceania levam os EUA a aceitar, em 1991, a visita de cientistas para verificar as condições de segurança do atol.
Em março de 2002, um estudo do Instituto de Energia e Pesquisa Ambiental (Ieer), baseado em pesquisas do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, conclui que as radiações liberadas pelos testes nucleares causaram 80 mil casos de câncer só no país. As pesquisas incluíram os testes do Atol Johnston e constataram que mesmo pessoas a milhares de quilômetros de distância dos locais de explosão podem ter sido afetadas.
Nos anos 90, equipes foram enviadas para a destruição de todos os vestígios de armas químicas, e lá viviam como pessoas normais, com hábitos normais, com casas, piscina, boliche, entre outros.
Em 2003 todas as estruturas e equipamentos foram removidos e a pista foi marcada com um X, sinalizando sua desativação. O último vôo oficial para fora da ilha foi em 15 de junho de 2004. Após esta data a base ficou completamente deserta, com a única estrutura sendo o prédio JOC no extremo leste da pista. O local foi transformado em uma reserva ecológica.
Algumas fotos, clique para ampliar:
Após a Ilha ficar completamente deserta:
(Imagens de 2008)
(Imagens de 2008)
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