Essa simples declaração foi suficiente para Pedro passar para a história, em quadros e esculturas, como o velhinho que carrega as chaves celestiais e, na boca do povo, ganhou um poder ainda maior do que simplesmente o de abrir e fechar portas. "Se ele abre e fecha as portas e janelas do céu, então é a ele que pediremos para fazer chover ou cessar as inundações", diz o teólogo Afonso Soares, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Antes de assumir essa função no andar de cima, Pedro foi, com o perdão do trocadilho, o primeiro manda-chuva do cristianismo. Logo após a crucificação de Jesus, ele organizou os fiéis em Jerusalém e, baseado nos ensinamentos do mestre, passou a chefiar a religião recém-nascida.